quarta-feira, 5 de junho de 2013

Nem sempre o menor é o melhor.

Ontem, ao sair do trabalho e bastante atrasado (diga-se de passagem) para chegar a faculdade em menor tempo abdiquei do uso da Ciclorrota Brooklin que costumo usar e resolvi me arriscar e pegar a Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini sentido shopping Morumbi, ao cruzar esta avenida como de costume, pude perceber que o pouco movimento de veículos me proporcionaria um ganho de tempo até chegar em meu destino e arrisquei mesmo não gostando da idéia, e é claro que aventura como essa será única e não farei mais, pois essa via não reproduz em nenhum momento o mínimo de segurança para circulação compartilhada com os veículos.
Nesse percurso posso descrever que até a chegada da Ponte Octávio Frias de Oliveira (Ponte Estaiada) o que me preocupa são os ônibus, estes que transitam do lado direito da via, pois não há corredor para eles, e é claro que não posso deixar de citar que esse convívio é possível pois há exemplos em muitos países que isso é feito, mas ainda estamos caminhando lentamente para que esse dia aconteça no Brasil, mas felizmente durante todo o percurso, apesar de passar por pontos de ônibus lotados de passageiros, não passei por nenhuma grande emoção. Ao passar a Rede Globo, aonde a avenida passa se chamar Av. Doutor Chucri Zaidan há um acesso a alguns metros a frente para a Ponte Caio Pompeu de Toledo (Ponte do Morumbi), e nesse ponto divide obviamente o sentido da via em que eu vinha e ai é que está o perigo!!! Para que você possa prosseguir no sentido do Shopping Morumbi, você deve sinalizar bem a sua intenção de mudança de faixas ( para a sua esquerda), redobrar sua atenção e esperar a ação de alguns motoristas que resolvem em um piscar de olhos, atravessar seus carros na frente de todos para não perder o acesso que até então passava-se por despercebido (Por ele é claro!). Passando pela entrada, cuidado com a via de acesso da ponte para a avenida, há riscos também nesse momento. Próximo a Vivo, ou no Largo Los Andes ali é inevitável não ficar aglutinado com os ônibus e carros e seguindo mais um pouco entre o Shopping Morumbi e Market Place  até chegar a Rua Joerg Bruder,  há obras recentes aonde o lado direito da via possui vários cones de sinalização e por incrível que pareça, um belo bueiro sem tampa. Nesse ponto, eu fiquei feliz por ter sempre em mente em nunca passar por cima de bueiros (com isso minha atenção tem que ser triplicada, pois dependerá muito de várias condições para determinar o lado que vou passar pelo bueiro), até aqui eu achava que minha maior preocupação seria os carros, mas logo percebi que nossa percepção ao andar pela cidade deve sempre permanecer em alerta total e prontos para todas as condições surreais que acontecem do nada. O que me motivou falar sobre o percurso de ontem, foi com certeza que algumas vezes, o ganho de tempo em um percurso menor não significa nada frente as dificuldades que passamos nas Avenidas e Ruas movimentadas da cidade e é claro que acho um absurdo que uma cidade tão grande e com tantos recursos financeiros não há uma pessoa de bom senso que não pensa na possibilidade de causar um ou vários acidentes por que não recolocou uma tampa de boeiro no seu devido lugar e posso até adiantar que, caso aconteça isso com você ou com um amigo que não teve a sorte de desviar dessa situação, observe os casos no link que posto aqui sobre o assunto e as ações movidas contra o estado ou município. 



Art. 246 - Código de Trânsito Brasileiro

Capítulo XV - DAS INFRAÇÕES
Art. 246

Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre circulação, à segurança de veículo e pedestres, tanto no leito da via terrestre como na calçada, ou obstaculizar a via indevidamente:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa, agravada em até cinco vezes, a critério da autoridade de trânsito, conforme o risco à segurança.

Parágrafo único. A penalidade será aplicada à pessoa física ou jurídica responsável pela obstrução, devendo a autoridade com circunscrição sobre a via providenciar a sinalização de emergência, às expensas do responsável, ou, se possível, promover a desobstrução.


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